As voltas do mundo: O colunista Belmiro Deusdete traz uma reflexiva abordagem sobre as questões históricas e concernentes ao contexto político da maior cidade do litoral norte e agreste
baiano
O teatro da política produz peças que a imaginação da
plateia jamais alcança.
É a leitura que fazemos desta foto, de 2012, que mostra a
união de então de dois adversários e/ou "inimigos" atuais, em
pré-campanha eleitoral doze anos depois.
Naquele tempo tivemos uma eleição enxuta, com apenas três
candidatos: Paulo Cezar, Joseildo Ramos e Gilvan Artes, quando o primeiro obteve
a vitória mais retumbante da história política da cidade em termos numéricos
(46.260 votos) e percentuais (61,09% do eleitorado), com apoio do então deputado
estadual Paulo Azi, do presidente da Câmara, Gustavo Carmo e de João Rabelo,
atual secretário de Governo.
Essa eleição deu a ideia da existência de quatro forças políticas, além das representações paralelas de Márcio Reis, do PSC, e Samara Braga, do PSOL.
Desde o início do século que grupos políticos se embolam na
cidade, ora juntos, ora separados, depois de encerrados os ciclos de Murilo
Cavalcante e Judélio Carmo.
Eles fazem dos eleitores gatos e sapatos, verdadeira massa de manobra que, por sua vez, se comporta como gado marcado.
São amigos e/ou adversários de oportunidade, fazendo o
eleitor de bobo da corte, lembrando o humor sarcástico do deputado Justo
Veríssimo, personagem do mestre Chico Anísio, que dizia que "o povo é
simples detalhe".
Por: Belmiro Deusdete - Colunista do Portal Pereira News