MASSA DE MANOBRA! - Por Belmiro Deusdete

As voltas do mundo: O colunista Belmiro Deusdete traz uma reflexiva abordagem sobre as questões históricas e concernentes ao contexto político da maior cidade do litoral norte e agreste baiano


Foto: Divulgação / Internet

O teatro da política produz peças que a imaginação da plateia jamais alcança.

É a leitura que fazemos desta foto, de 2012, que mostra a união de então de dois adversários e/ou "inimigos" atuais, em pré-campanha eleitoral doze anos depois.

Naquele tempo tivemos uma eleição enxuta, com apenas três candidatos: Paulo Cezar, Joseildo Ramos e Gilvan Artes, quando o primeiro obteve a vitória mais retumbante da história política da cidade em termos numéricos (46.260 votos) e percentuais (61,09% do eleitorado), com apoio do então deputado estadual Paulo Azi, do presidente da Câmara, Gustavo Carmo e de João Rabelo, atual secretário de Governo.

Em 2016 o pleito ficou mais diversificado com o surgimento de Joaquim Neto, apoiado pelo deputado federal Paulo Azi, que enfrentou o Paulo Cezar (representado por Sônia Fontes), Joseildo Ramos e, de quebra, Radiovaldo Costa, que rompeu com o PT, partido do qual é o atual presidente.
Essa eleição deu a ideia da existência de quatro forças políticas, além das representações paralelas de Márcio Reis, do PSC, e Samara Braga, do PSOL.

Desde o início do século que grupos políticos se embolam na cidade, ora juntos, ora separados, depois de encerrados os ciclos de Murilo Cavalcante e Judélio Carmo.

Aliados de hoje são os adversários de ontem e vice versa.
Eles fazem dos eleitores gatos e sapatos, verdadeira massa de manobra que, por sua vez, se comporta como gado marcado.

São amigos e/ou adversários de oportunidade, fazendo o eleitor de bobo da corte, lembrando o humor sarcástico do deputado Justo Veríssimo, personagem do mestre Chico Anísio, que dizia que "o povo é simples detalhe".

Por: Belmiro Deusdete - Colunista do Portal Pereira News

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