O Pronaf foi criado justamente para apoiar esses produtores, mas, se os recursos não chegam a quem realmente precisa, o programa perde sua eficácia.
A disparidade entre municípios na liberação dos créditos precisa ser investigada. Se, em Alagoinhas, há entraves burocráticos ou falta de interesse na liberação dos recursos, isso deve ser cobrado junto à superintendência do BNB e às instâncias superiores. O papel das cooperativas, sindicatos e associações é fundamental nesse momento para pressionar o banco e o governo federal.
Sem investimento, não há como modernizar a produção, melhorar a produtividade e garantir alimentos a preços acessíveis. A agricultura familiar já enfrenta desafios enormes, como o aumento dos custos de insumos, mudanças climáticas e dificuldades logísticas. A falta de crédito só agrava essa situação.
Talvez seja o momento de organizar uma mobilização mais ampla, com audiências públicas, pressão na ouvidoria do banco e até mesmo buscar apoio de parlamentares que defendam o setor. O Pronaf não pode ser apenas um programa no papel; ele precisa funcionar na prática.
Radialista DRT 08907/BA
