Esforçar-se para pagar um plano de saúde, mas 'ficar na mão' quando mais precisa. Isso é mais comum do que se imagina e foi o que aconteceu com as enfermeiras Carla Brito, mãe de Eduardo, uma criança autista, e Tainara Barcelar, mãe de Raissa, que tem mielomelingocele e hidrocefalia.
Eles (o plano) estão liberando apenas metade da carga horária para o acompanhamento terapêutico em ambiente naturalístico e na escola”, revela Carla.
“Eles suspenderam o atendimento porque não queriam que Raíssa fosse atendida em casa, queriam que eu fosse para uma clínica especializada deles. Só que tem o problema de locomoção com Raíssa, que é muito difícil”, explica Tainara.
A Agência Nacional de Saúde (ANS) registrou um aumento de 30% nas reclamações contra planos de saúde em 2024 em todo o Brasil.
Na Bahia, de janeiro a agosto deste ano, o Ministério Público estadual (MP-BA) registrou 40 reclamações de irregularidades cometidas pelas operadoras de planos de saúde entre janeiro e agosto deste ano, um aumento de 74% em relação ao período anterior. Entre as principais reclamações estão a prática de aumentos exorbitantes, cláusulas contratuais abusivas, negativas de autorização de procedimentos e tratamentos, além de descumprimento de decisões judiciais.