GESTÃO NOVA, ESPERANÇA RENOVA! - Por Belmiro Deusdette

Confira a análise política do colunista do Portal Pereira News

Foto: Divulgação / Redes Sociais

Passado o longo e conturbado período eleitoral, as atenções dos alagoinhenses estão voltadas para a instalação do novo governo, com muitas dúvidas.

Será um governo novo?

É possível um governo novo com algumas peças antigas?

A rigor, só tem de novo o comando, porque o prefeito eleito Gustavo Carmo, em que pese seus quinze anos de estrada, sua passagem pela presidência da Câmara, suas incursões em eleições anteriores, sua bagagem administrativa em secretarias municipais etc., mantém a aparência da renovação que os novos tempos exigem das municipalidades.

A complicada aliança Tom & Jerry que elegeu Gustavo Carmo deve dificultar alguns ajustes palacianos, na inevitável distribuição de cargos, mas isso tem sido coisa rotineira na vida política, com reflexos, ora positivos, ora negativos, nas ações da prefeitura.

Não foi à toa que uma oposição de pouco mais de sete anos encostasse em Joaquim Neto para quebrar uma tradição de 42 anos e eleger o sucessor.

A rigor, o futuro governo mantém a expectativa de novidade que vem prevalecendo no atual século.

Em 2000, o então partido nanico PT quebrou uma predominância elitista ao eleger Joseildo Ramos.

Em 2008, Paulo Cezar ressurgiu das cinzas e, beneficiado por um estranho racha nos setores da esquerda, conquistou o cargo máximo municipal.

Em 2016, Joaquim Neto, depois de governar Sátiro Dias por três mandatos, tornou-se prefeito de Alagoinhas, com apoio do grupo comandado por Paulo Azi, mesmo batendo de frente com as forças então dominantes de Paulo Cézar e Joseildo Ramos.

Esta última eleição já foi uma novidade: o indicado do prefeito teve como vice uma figura de destaque da oposição. Gustavo Carmo e Luciano Sérgio tinham a faca e o queijo nas mãos, protegidos por forte poder econômico, pela máquina administrativa e, de quebra, pelo uso das imagens do presidente Lula, do governador Jerônimo e do prefeito Joaquim Neto (de forma subjetiva), somando 41.705 votos e elegendo 14 dos 17 vereadores.

Neste particular, convém ressaltar, até para delinear futuras eleições, a extraordinária performance do combativo Paulo Cezar que, praticamente sozinho, acumulou 37.397 votos, a terceira maior votação de candidatos a prefeito da cidade.

A propósito, esta mistura deve apimentar as eleições proporcionais em 2026, mas isto é assunto para outro artigo.

O que importa agora é acompanhar a formação do futuro governo gustavista, na expectativa de que novos rumos, novas diretrizes, novas mentalidades sejam peças que ajustem a cidade para os desafios que os novos tempos exigem da cidade e da população.


Por: Belmiro Deusdette

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