O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considerou graves as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e o convocou para prestar esclarecimentos nesta quinta-feira (5).
Em nota oficial, o Planalto afirmou que o caso é tratado com rigor e rapidez. Almeida foi ouvido pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.
O caso é investigado pelo Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da República (PGR). A Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento para apurar os fatos.
O governo está avaliando, desde o dia 5 de setembro, a possibilidade de demissão ou afastamento temporário do ministro. O caso, que envolve também a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, ainda não teve resposta pública.
Entenda o caso
A organização Me Too Brasil confirmou, nesta quinta-feira (5), ter recebido denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. De acordo com a entidade, as vítimas foram atendidas por seus canais e receberam apoio psicológico e jurídico. As acusações foram divulgadas inicialmente pelo portal "Metrópoles", que apontou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como uma das vítimas.
O Me Too ressaltou que, como em outros casos envolvendo pessoas em posições de poder, as vítimas enfrentaram dificuldades para obter respaldo institucional. A organização afirmou que a denúncia pública é um passo essencial para responsabilizar os agressores e combater a impunidade. A CNN apurou que, além das denúncias de assédio sexual, foram registradas 10 acusações de assédio moral contra o ministro no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.
O que diz o ministro
O ministro Silvio Almeida, em nota, declarou "repudiar com veemência as falsas acusações" que têm sido feitas contra ele. Segundo Almeida, as denúncias carecem de "qualquer materialidade" e se baseiam em "mera especulação". Ele ainda afirmou que as acusações têm como objetivo "prejudicá-lo" e "comprometer seu futuro".
Por: Agência Brasil