O eterno radialista Belmiro Deusdete traz uma reflexão fundamental
e imprescindível para o atual momento em que se passa o processo político de
Alagoinhas
O clima que vem se desenrolando na precipitada
pré-campanha eleitoral da cidade de Alagoinhas tem suscitado a preocupação da população e os
cuidados das autoridades.
A violência passou a ser o recurso natural de quem
vê a política como um covil de interesseiros e aproveitadores, sejam
candidatos, cabos eleitorais ou simples fanáticos militantes.
É como jogar futebol esquecendo a bola, visando
somente a canela do adversário.
Na política, a bola é a ética, atributo dos que tem
honradez, caráter, respeito, tolerância e todos os predicados que norteiam a
vida do ser humano, principalmente dos que se propõem a zelar pela causa
pública.
A situação se agrava porque vem envolvendo alguns
comunicadores que assumiram posição política incompatível com a função da
imprensa que é informar com isenção e neutralidade, em contraste com a
comunicação propagandística e alheia ao interesse público.
A propósito, a tática de desqualificar o adversário
tem se mostrado ineficaz e às vezes o feitiço tem virado contra o feiticeiro.
Com a receita que vem sendo usada, a cidade se
transforma em uma verdadeira Torre de Babel, onde ninguém entende ninguém, o sujo
fala do mal lavado, verdade e mentira se confundem, contaminando o
processo democrático.
Embora não sejam necessariamente os responsáveis
por este abominável estado de guerra, os pré-candidatos devem se preocupar
em preservar o bom nível da campanha porque a baixaria não tem guarida na
maioria dos eleitores conscientes e esperançosos em melhores dias para um
município que busca o desenvolvimento.
Como no futebol, o grupo tem comando e liderança e
aqueles que não se enquadram devem ser afastados para não contaminarem o
trabalho e o seu resultado.
Catarino, Ednaldo, Gustavo, Lins, Paulo, Sanson e
outros que surjam, tem a obrigação de orientarem seus apoiadores para que
tenhamos uma eleição limpa e tranquila, digna das nossas tradições e do
conceito que Alagoinhas mantém no cenário político eleitoral.
Por: Belmiro Deusdete