Em sua coluna desta semana, Belmiro trata sobre os desafios da mobilidade urbana e as possíveis propostas para melhorar o trânsito nas principais vias de Alagoinhas
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Foto: Belmiro Deusdete / CMA |
Uma das principais e urgentes carências de Alagoinhas é a revisão do plano viário urbano.
Esta necessidade está caracterizada no crescimento populacional e na inexistência de ruas e avenidas largas, dificultando a segurança viária indispensável para o desenvolvimento coletivo, além das futuras demandas do setor, tais como viadutos, passarelas e outros equipamentos estruturais.
Em algumas áreas da cidade tem sido difícil a mobilidade de veículos e pedestres até gerando situações massacrantes, senão perigosas.
A cidade não tem, por exemplo, vias de entrada e saída através das avenidas Dantas Bião e Ayton Senna, situação que chegou a ser cogitada há mais de dez anos pela arquiteta Sonia Fontes e sua ideia de construir uma avenida paralela à Dantas Bião com inicio nos fundos do G. Barbosa.
Sem esta, ou outra alternativa, o acesso continua através de uma única rua, estreita e congestionada pelo grande número de veículos estacionados, em construções que não projetaram estes importantes detalhes.
Na Praça Pedro Dórea, bairro de Alagoinhas Velha, tem sido constante o conflito viário e diário dos veículos que se cruzam ao adentrarem ou saírem da Avenida Dantas Bião, em qualquer sentido.
Outro caso confuso reside nas imediações da Rua Bahia, a mais movimentada do Jardim Petrolar.
Urgem medidas que desafoguem a movimentação de carros e facilitem a circulação dos pedestres, principais beneficiários das normas de trânsito.
Salvo melhor juízo, as ruas Bahia e Democrata deveriam ser dotadas de mão única, com estacionamento em um dos lados, talvez até com implantação de estacionamento rotativo, visando restringir a parada indevida de veículos que ali permanecem por longos períodos.
A expansão que está se dando no Supermercado Santa Terezinha vai exigir medidas do SMT para adequar pedestres e motoristas à nova realidade na Rua Democrata e nas transversais, principalmente a São José, já sacrificada, a Antônio João dos Reis, em razão do aumento natural do movimento que ali será gerado, e a Vinicius de Morais, bem próxima.
Embora afastada deste centro nervoso, a Avenida Santos Dumont faz parte do sistema viário do Petrolar como a terceira artéria mais importante e deve ser envolvida em qualquer projeto que resolva os problemas de movimentação de veículos, pedestres e transporte público para garantir a fluidez e segurança do trânsito.
Outro ponto crucial que exige intervenção imediata está localizado na sinaleira do prédio RCS, descida da Severino Vieira, onde é comum a conversão indevida, conhecida por "roubadinha", para adentrar na Luiz Viana, sentido Praça dos Esportes.
Enquanto não dispor de edificações públicas que sirvam para acomodar o crescimento natural que a cidade experimenta, o SMT vai ter que lidar com medidas paliativas para resolver os problemas e conflitos viários.
O superintendente Pedro Sobral deve ter conhecimento de sobra para administrar a situação que não é de fácil solução.
Belmiro Deusdete é radialista e jornalista em Alagoinhas-BA.
Belmiro é um mestre, escreve bem, simples, objetivo e de forma elegante, assim explana o conteúdo com hierarquia e articulação de ideias, estas precisas e sofisticadas, configurando uma dialética textual simplesmente bela. Fico me perguntando pra quê orçamento participativo, façamos enquetes. Viva a tecnologia da comunicação, abaixo o faz de conta democrático, a pseudo democracia, cara e ineficaz.
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