Após polêmica, afoxé Filhos de Gandhy vira alvo do Ministério Público da Bahia; DPE se manifesta

Imagem: Bnews

 
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou uma investigação, nesta segunda-feira (24), para apurar uma suposta conduta transfóbica do afoxé Filhos de Gandhy, após a exclusão de homens trans do desfile de Carnaval do grupo.

A decisão da agremiação, baseada em seu estatuto social, gerou ampla repercussão e críticas nas redes sociais. O MP-BA notificou o afoxé por e-mail, solicitando esclarecimentos sobre o caso e informando que aguarda resposta para avaliar possíveis medidas cabíveis.

Paralelamente, a Defensoria Pública da Bahia (DPE) também se manifestou, classificando a decisão como discriminatória e recomendando a remoção da cláusula que impede a participação de homens trans no bloco.

Diante da polêmica, os Filhos de Gandhy alteraram o comunicado, retirando a expressão "masculino cisgêner" e mantendo apenas a exigência de "sexo masculino" para os participantes. O grupo também anunciou a realização de uma assembleia geral futura para discutir a possível modificação do estatuto.

Fundado há 76 anos, o afoxé Filhos de Gandhy é conhecido por sua identidade cultural e religiosa, desfilando tradicionalmente com cerca de quatro mil associados. Neste Carnaval, o grupo trará o tema "Ogum - O Senhor do Ferro, dos Metais e da Tecnologia!", com apresentações nos circuitos Osmar e Dodô, em Salvador.

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