Radialista Belmiro Deusdete comenta sobre a participação feminina na política
Apesar dos esforços e da publicidade facultada aos diretórios femininos dos partidos políticos, os resultados eleitorais vêm expressando uma assertiva: mulher não gosta de política ou, numa leitura mais exagerada, mulher não vota em mulher.
Em Alagoinhas, na última eleição municipal, tivemos nada menos que 130 candidatas que só obtiveram 12.308 votos dos 73.934 válidos, ou seja, pouco mais de 16%.
A rigor, apenas quatro mulheres demonstraram querer de verdade e foram eleitas: Raimunda Florêncio, Luma Menezes, Juci Cardoso e Jaldice Nunes que somaram 5.083 votos da totalização feminina, representando pouco mais de 41%, bem distante dos 59% depositados nas outras 126 candidatas das quais seis nem voto tiveram.
Esta situação se torna mais agravante se lembrarmos que a mulher detém a maioria do eleitorado.
A propósito, a constatação de que mulher não gosta da política partidária, ou mulher não vota em mulher, se deu no resultado das últimas eleições presidenciais quando as quatro candidatas: Simone Tebet, Soraya Thronicke, Sofia Manzano e Vera só chegaram a 4,73% dos votos, menos de 10% da votação alcançada pelo primeiro colocado (48,43%).
É claro que lugar de mulher é onde ela quiser porém tudo indica que na seara partidária ela não quer.
Por: Belmiro Deusdete
